quinta-feira, 20 de junho de 2013

Sobre os manifestos dos dias 18/06 e 19/06

A muito eu não escrevo nada por aqui, fico em débito com os leitores que nos acompanham, nessa jornada de críticas a sociedade brasileira e o ruma que até então ela estava tomando.
Pois bem, venho aqui contar meu relato dessas manifestações dos dias 18/06 e 19/06 de 2013, meu relato é puramente a visão de um brasileiro que desde sua criação tem raízes em manifestos em busca de uma revolução nacional. Um relato extraído de tudo o que eu vi e que insistentemente anotei cada passo com minha caneta em mãos.



Estava de passagem na terça feira 18/06 pela rodoviária e decidi ver se estava tendo algo pelo Museu, ao chegar deparei-me com um pequeno grupo, com não mais do que 15 pessoas, más que mesmo assim estavam ali, convocando quem que que passasse para o manifesto, essas 15 pessoas se transformaram em aproximadamente 80 pessoas que marcharam rumo ao congresso, cantando músicas de protesto contra a corrupção. Essas 80 pessoas subiram pelo Eixo Monumental, ocupando as duas faixas centrais, 80 pessoas!

No dia 19/06 tivemos o manifesto do Movimento Passe Livre, que busca transformar o transporte público em um transporte realmente PÚBLICO, e também para melhorar a qualidade do mesmo.
A concentração começou as 16h00 na Rodoviária com uma média de 120 pessoas até as 17h50, nessa concentração foi dito que o Secretário de Transportes do DF José Walter Vazquez Filho, em reunião com com o movimento disse que a Tarifa Zero é possível, porém não chegou a apresentar alguma proposta. São 17h56 já com um volume de mais de 400 pessoas circulamos a Rodoviária, já as 18h15 subitamente alcançamos um número de mais de 1000 pessoas e avançamos para ocupar o Eixo Monumental. Como estava mais a frente me surpreendi quando ao fazermos uma curva e ver o alcance das nossas fileiras já estavam com aproximadamente 3000 pessoas, todas lutando NÃO APENAS PELO PASSE LIVRE, também lutavam pela igualdade social, investimentos na saúde e educação, e contra a corrupção, os manifestantes durante o percurso, evitaram fazer barulho quando passamos ao lado do Hospital de Base (fizemos o máximo de silencio que 3000 pessoas poderiam fazer) e outros ao passarmos por canteiros entre as vias orientavam os outros manifestantes a não pisar em florem ou plantas. Aproximadamente as 20h00, após termos parado uma a uma as principais vias do centro de Brasília,  retornamos para a Rodoviária, para uma nova concentração. A manifestação estava sendo um sucesso!!
 MÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁAÁÁAÁÁÁAÁÁÁÁÁŚSSSSSSSSSSSS, no FINAL por volta das 20h30 após termos feito todo esse barulho, com nossos corações inflados e cheio de ânimo os "líderes" do MPL ficaram parados discursando por mais de 20 minutos, muitos já estavam desanimados, vários foram os pedidos para descer ao Congresso, o GRANDE POVO queria, más ao invés disso ele optaram por fazer um manifesto no metro central, nesse momento, MUITOS foram os que desistiram, pouco a pouco pessoas iam embora, de 3000 pessoas restaram algumas centenas, sem todo o ânimo de antes quando éramos mais.... Foi um final deplorável, os "líderes" gritavam "AMANHÃ VAI SER MAIOR!!", gritavam como se o hoje não pudesse ser grande, todos sabemos que a manifestação de 20/06/2013 seria a maior, más se já estávamos com 3 mil pessoas motivadas, por que não chegar às portas do congresso mais uma vez, de surpresa mostrando que isso seria "apenas o começo",  o movimento do dia 19/06 começou bem, começou grande e se tornou maior. No final a MPL se esqueceu da maior lição desde que os atos de manifestação explodiram pelo Brasil, se esqueceram que não foi só pelos 20 centavos, assim como MUITOS dos que estavam lá não estava apenas pelo Passe Livre. Se fecharam para sua própria causa, olhando para seu próprio umbigo, ignorando os apelos de uma maioria, assim como os que nos governam fazem. Ao Congresso desceram aproximadamente 300 pessoas, muito mais corajosas do que muitos na minha humilde opinião do que os que foram ao metro.


Para finalizar, mais uma vez, gostaria de reforçar que HOJE vai ser maior, más ontem também poderia ser um grande dia.









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